Terror no Centro de Niterói: mulher é atacada com faca em assalto enquanto Prefeitura fala em queda nos crimes

Divulgação: Polícia Militar do Rio de Janeiro

A manhã deste domingo (31) escancarou a insegurança que assombra Niterói. Uma mulher foi atacada e ameaçada com uma faca durante um assalto na Rua Marechal Deodoro, no Centro, gerando pânico em plena luz do dia. O caso contradiz frontalmente o discurso da Prefeitura, comandada por Rodrigo Neves, que insiste em divulgar balanços positivos na segurança pública.

Equipes do 12º BPM (Niterói) foram acionadas pelo 190 e conseguiram capturar o acusado, de 32 anos, ainda nas proximidades. Com ele, a PM apreendeu a faca usada no crime. O homem, que já tinha quatro passagens por roubo e atualmente estava em situação de rua, foi encaminhado para a 76ª DP, onde foi autuado e preso.

Contradição entre discurso e realidade

Na mesma semana em que a Prefeitura comemorou queda de 23% nos roubos de rua em julho, a cidade vive episódios que expõem a fragilidade da segurança. O dado, no entanto, esconde um problema maior: no acumulado de janeiro a julho, os crimes aumentaram 27%, saltando de 614 registros em 2024 para 779 em 2025.

A administração de Rodrigo Neves afirma investir R$ 1 milhão por mês em programas como o Proeis e o Regime Adicional de Serviço (RAS), o que garantiria reforço policial na cidade. Porém, casos como o deste domingo, em plena área comercial e movimentada, colocam em xeque a efetividade desses recursos e deixam evidente a distância entre o discurso oficial e a realidade das ruas.

Violência se repete em pontos estratégicos

O caso da Rua Marechal Deodoro não é isolado. No último dia 16, uma turista norte-americana foi esfaqueada em Icaraí durante uma tentativa de assalto, mesmo com patrulhamento na região. A repercussão negativa levantou questionamentos sobre a real capacidade do município de proteger moradores e visitantes.

População refém da insegurança

Enquanto a Prefeitura tenta construir uma narrativa de sucesso na segurança, moradores seguem convivendo com medo e violência. O contraste entre os números divulgados e a rotina das ruas mostra que a sensação de insegurança cresce, mesmo diante dos investimentos anunciados.

Para quem vive em Niterói, os números oficiais pouco significam diante de cenas de terror em pleno domingo de manhã no coração da cidade.