Policiais suspeitos de envolvimento com milícia são acusados da morte de vereador em Duque de Caxias
- Redação

- 12 de set.
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em conjunto com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) e a Polícia Civil, deflagrou nesta quinta-feira (11) uma operação que resultou no cumprimento de seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra suspeitos de participação no assassinato do vereador de Duque de Caxias, Danilo Francisco da Silva, conhecido como Danilo do Mercado, e de seu filho, Gabriel Gomes da Silva.
Segundo a denúncia apresentada pelo MPRJ, o duplo homicídio estaria relacionado a disputas políticas e econômicas na Baixada Fluminense, envolvendo negócios ilegais e conflitos por terras. Entre os investigados estão três policiais militares. Um deles, Leandro Machado da Silva, já havia sido denunciado em 2024 por suposto envolvimento na morte do advogado Rodrigo Crespo, no Centro do Rio.
Os mandados expedidos pela 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias foram cumpridos em municípios da Baixada, como Caxias, Belford Roxo, Nova Iguaçu e Magé.
O crime
O vereador e o filho foram assassinados em 10 de março de 2021, após serem atraídos a um restaurante em Jardim Primavera sob o pretexto de negociar a venda de uma carreta. De acordo com as investigações, Luis Henrique Torres levou as vítimas até o local. Pouco antes do almoço, chegaram os policiais militares Allef Alves Bernardino, Leandro Machado da Silva e Luiz Carlos da Costa Ribeiro, acompanhados de Uanderson Costa de Souza. O grupo efetuou diversos disparos contra Danilo e Gabriel.
Outro denunciado, Lincoln Reis da Silva, teria auxiliado na comunicação com os executores e, junto a Luis Henrique, tentou se desfazer do veículo usado no crime.
Ligação com milícia
As investigações apontam que os acusados integram uma milícia de Duque de Caxias ligada a Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, patrono da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro. Ele está foragido e é suspeito de ter mandado matar Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinhos Catiri, e seu segurança, Alessandro (Sandrinho), ambos ligados ao bicheiro Bernardo Bello.
Apesar de ser patrono do Salgueiro, Adilsinho não comparece aos eventos da agremiação e está desaparecido desde antes do último carnaval, quando não pôde ir à Sapucaí acompanhar o desfile.




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