Desaparecimento de corpo em cemitério de São Gonçalo é alvo de investigação policial
- Redação

- 8 de abr.
- 2 min de leitura

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está apurando o sumiço do corpo de uma mulher sepultada no Cemitério Municipal São Miguel, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. O caso veio à tona após o filho da falecida, Gilbert Tavares da Matta, relatar que, ao visitar a sepultura da mãe na semana passada, encontrou um corpo desconhecido no local.
Gilbert contou que sua mãe foi enterrada há sete meses em uma sepultura concedida pela Prefeitura de São Gonçalo. A suspeita de irregularidade surgiu na última quinta-feira (3), quando ele foi ao cemitério para providenciar o enterro de uma tia. Ao passar pelo túmulo da mãe, percebeu que a tampa havia sido substituída. Desconfiado, exigiu a abertura da sepultura, e foi então que descobriu que o corpo ali presente não era o da mãe.
Segundo Gilbert, além de o caixão ser diferente, o corpo pertencia a uma mulher loira de cabelos longos — características distintas de sua mãe, que havia perdido os cabelos em decorrência da quimioterapia antes de falecer. Os objetos encontrados com o corpo também não coincidiam com os que haviam sido colocados com sua mãe no sepultamento.
A Prefeitura de São Gonçalo informou que abriu uma sindicância interna para apurar o caso. Uma das hipóteses levantadas é de que tenha ocorrido uma troca de numeração das sepulturas nos registros feitos no dia do sepultamento. No mesmo dia, ocorreram dois enterros realizados pela mesma funerária, o que pode ter gerado a confusão.
O caso foi registrado na 72ª Delegacia Policial (São Gonçalo) na sexta-feira (4). Conforme o boletim, após a denúncia de Gilbert, a administração do cemitério autorizou a abertura de sete sepulturas na tentativa de encontrar o corpo correto, sem sucesso até o momento.
A Polícia Civil informou que realizou perícia no local e ouviu o depoimento de Gilbert. O responsável pelo cemitério também será chamado para prestar esclarecimentos. Outras diligências estão em andamento.
Esta não é a primeira vez que a família enfrenta problemas com o Cemitério São Miguel. Em 2019, o irmão de Gilbert, também enterrado no local, teve seus restos mortais removidos antes do tempo legal para exumação, sem que a família fosse informada. Posteriormente, outra pessoa foi sepultada na mesma cova. Após reclamação, a família recebeu uma sacola contendo o que seriam os ossos do irmão.
A prefeitura afirmou que, segundo os registros do cemitério, os restos mortais do irmão foram entregues à família, conforme documentado.




Comentários