"Valeu a pena", afirma coronel Sylvio Guerra ao se despedir do 4º CPA

Emocionado, com pausas para conter as lágrimas, o coronel Sylvio Guerra fez um balanço positivo ao se despedir, na última quarta-feira (20), do Comando de Policiamento de Área (4º CPA), onde atuou durante quatro anos. O órgão abrange os batalhões de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e Cabo Frio (7º, 12º, 25º e 35º BPMs). Agora, Guerra assume a Subsecretaria de Comando e Controle, integrada à cúpula da Polícia Militar do Estado.

“Valeu a pena ter colocado a família em segundo plano, com a compreensão deles, para que eu pudesse cumprir essa missão. Tenho muito orgulho e satisfação pelo trabalho realizado”, afirmou o coronel, destacando os resultados alcançados: três vezes consecutivas o 1º lugar do CPA no sistema de metas do governo, além de posições de destaque do 7º BPM entre todos os batalhões do Estado.

Guerra também ressaltou um feito inédito em sua trajetória: liderou o 4º CPA sob três comandantes-gerais diferentes, algo nunca registrado antes. Ele também possui o recorde de permanência à frente do 12º BPM, onde comandou por dois anos e sete meses.

Sacrifícios pessoais

O coronel falou sobre os desafios de conciliar a vida pessoal e profissional. “A maior dificuldade foi fazer minha família entender a dedicação quase integral, das 5h até meia-noite”, contou.

Entre os desafios enfrentados à frente do 4º CPA, Guerra lembrou um aumento recente de roubos de veículos em São Gonçalo, exigindo um plano estratégico rigoroso para retomar os índices anteriores.

Ao falar sobre seu sucessor, o coronel elogiou a capacidade do coronel Luiz Octávio: “Não tenho dúvidas de que ele conduzirá o 4º CPA com excelência, considerando a experiência que já possui em diversos comandos.”

Novos desafios na Subsecretaria

Na nova função, Guerra vai lidar com a estrutura tecnológica da corporação, responsável pelo monitoramento e inovação na PM. Ele adiantou que existem planos para aumentar a presença de tecnologia na corporação, algo considerado essencial para modernizar operações.

“É um grande desafio, mas com os profissionais qualificados que temos, acredito que conseguiremos atender às determinações do secretário da Polícia Militar e do Governo do Estado”, concluiu o coronel.