Filha de Mr. Catra está entre os presos por envolvimento em golpe do consignado
- Redação
- há 6 horas
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Uma operação conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (9) desarticulou um esquema criminoso que aplicava golpes em aposentados e pensionistas por meio de fraudes em empréstimos consignados. Sete pessoas foram presas em quatro estados, entre elas Julia Garcia Domingues, filha do cantor Mr. Catra, falecido em 2018.

Batizada de Operação Falsa Portabilidade, a ação teve desdobramentos também nos estados do Acre, Minas Gerais e Santa Catarina. Na cidade do Rio de Janeiro, foram efetuadas seis prisões. Já em Santa Catarina, foi capturado Augusto Germano da Silva Kuntze, apontado como o principal articulador do grupo.
Segundo os investigadores, o golpe movimentou aproximadamente R$ 5 milhões nos últimos anos. A tática da quadrilha consistia em oferecer aos aposentados uma suposta renegociação de empréstimos consignados, prometendo redução de juros e prazos mais vantajosos. No entanto, os golpistas induziam as vítimas a firmar novos contratos, que geravam dívidas ainda maiores — enquanto o dinheiro era desviado para contas da organização.
“Os criminosos se apresentavam como consultores financeiros e ofereciam falsas vantagens para atrair os idosos. Ao final, as vítimas acabavam endividadas novamente, e os estelionatários se apoderavam dos valores contratados”, explicou a delegada Josy Lima Leal Ribeiro, da Delegacia de Defraudações do RJ.
O grupo funcionava de maneira estruturada, com divisão clara de tarefas: alguns membros faziam contato direto com as vítimas, outros eram responsáveis por forjar documentos, além daqueles que tratavam com instituições bancárias. Julia Garcia, segundo a polícia, teria disponibilizado contas pessoais para o recebimento dos recursos desviados.
Em certos casos, os prejuízos foram extremamente altos. A Polícia Civil do Acre identificou ao menos uma vítima que perdeu R$ 400 mil. “Já conseguimos bloquear aproximadamente R$ 1 milhão em contas bancárias ligadas à quadrilha”, afirmou o delegado Gustavo Henrique da Silva Neves, que participa da investigação.
As apurações continuam para identificar possíveis cúmplices e vítimas em outros estados. A polícia não descarta novas prisões nos próximos dias.
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