Daniela do Waguinho permanece como ministra do Turismo

Ministra se encontrou com o presidente Lula na manhã desta terça-feira (13)

Daniela do Waguinho continuará atuando como ministra do Turismo no governo Lula, conforme comunicado pela equipe de comunicação do Palácio do Planalto no início da tarde desta terça-feira, 13. Sua manutenção no cargo ocorreu após uma reunião com o presidente da República.

Houve especulações nas últimas semanas sobre a possível saída de Daniela do cargo. Isso ocorreu devido ao seu envolvimento ao lado de seu marido, Waguinho Carneiro, prefeito de Belford Roxo (RF), em uma disputa com o partido União Brasil.

Insatisfeito com os rumos do partido no diretório fluminense, Waguinho deixou o União Brasil e se filiou ao Republicanos. Daniela, que foi eleita deputada federal em 2022 pelo União Brasil, também teve desentendimentos com o partido. Em abril, ela solicitou a desfiliação ao Tribunal Superior Eleitoral, numa tentativa de evitar a perda do mandato parlamentar por infidelidade partidária.

Com o casal Carneiro fora do partido, a direção do União Brasil tem pressionado pela sua saída do Ministério. Aliás, a legenda já tinha um nome em mente: o deputado federal Celso Sabino, do Pará. A bancada do partido na Câmara dos Deputados chegou a lançar um abaixo-assinado em apoio a Sabino.

Daniela Moté de Souza Carneiro, de 47 anos, ingressou na política partidária em 2018, quando foi eleita deputada federal pelo MDB. Em 2022, já pelo União Brasil, conquistou a reeleição para um novo mandato na Câmara dos Deputados. Nas duas ocasiões, ela se apresentou como "Daniela do Waguinho", em referência ao nome de seu marido, o prefeito.

Após ser reeleita para o Congresso Nacional no ano passado, ela se licenciou da Câmara para assumir, em 1º de janeiro, o cargo de ministra do Turismo.

Em 7 de janeiro, foi revelado pela revista Oeste que um grupo ligado à ministra "fechou" a cidade de Belford Roxo para ajudar na eleição de Lula. Além disso, Daniela aparece em uma foto ao lado do ex-policial militar Juracy Alves Prudêncio, conhecido como Jura, apontado como chefe de uma milícia envolvida em diversos assassinatos no município localizado na Baixada Fluminense."