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Redação

Rolezinhos: Integrantes do grupo se reúnem em manifestação com apoio de vereadora do PSOL

Manifestação busca regularização e contou com escolta policial e apoio parlamentar - Assista ao vídeo


No último domingo (22), integrantes do grupo que promovem o "rolezinho" em Niterói se reuniram no posto de gasolina do Cubango por volta das 14h para mais um dos polêmicos "passeios". O grupo seguiu em comboio, liderado pela parlamentar Benny Briolly (PSOL) pela Alameda São Boaventura até a Praça dos Expedicionários, no Centro, em busca de apoio para a regulamentação da prática. Embora os organizadores argumentem a favor da legalização e tentem destacar o caráter cultural e de lazer do evento, os incômodos gerados pelos passeios não passam despercebidos.


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A vereadora Benny Briolly , que é presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara de Niterói, solicitou a presença de autoridades, incluindo a Secretaria Municipal de Ordem pública, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. Porém, durante a manifestação, os motociclistas cometeram uma série de infrações, incluindo manobras perigosas e empinando suas motos, que são estritamente proibidas pelo Código de Trânsito Brasileiro. Surpreendentemente, nenhum dos participantes foi autuado, levantando dúvidas sobre a capacidade das autoridades em controlar a situação.



Os "rolezinhos" consistem em reunir um grande número de motociclistas e percorrer as ruas da cidade, frequentemente causando perturbações e barulho excessivo. Cada passeio chega a reunir mais de cem pilotos, muitos deles equipados com escapamentos barulhentos que enfatizam o ruído e agilidade de suas máquinas.


Bernardo Macedo, morador do Ingá, relata o incômodo que a prática causa: "São muitas motos passando de uma só vez, fazendo um barulho muito alto por causa do escapamento. A maior parte dos moradores do condomínio é contra esse tipo de evento. O barulho incomoda demais."


A questão principal é o impacto nos moradores, sobretudo à noite, quando os "rolezinhos" frequentemente ocorrem. Muitos relatam acordar com o barulho, e as mães de crianças autistas apontam que seus filhos acordam agitados e têm dificuldades para voltar a dormir.


Alexssandro Ribeiro de Oliveira, um dos organizadores do evento, busca redefinir a visão da sociedade sobre os "rolezinhos": "Queremos dizer para a sociedade que essa prática cultural é legítima e sofre perseguição por ser algo oriundo da favela e da juventude negra. Desejamos um espaço que comporte essa prática cultural, que seja afastado de áreas residenciais e que tenha estrutura para um evento que acolha o número de participantes que temos e o público."


Enquanto os organizadores continuam a argumentar em prol da legitimidade cultural dos rolezinhos, é importante lembrar que a cultura não pode se sobrepor ao respeito pelos direitos dos outros cidadãos. A polêmica persiste, e a cidade de Niterói enfrenta o desafio de encontrar um equilíbrio entre a prática e o bem-estar da população local, principalmente idosos e crianças autistas que, até o momento, parece estar sendo amplamente negligenciado.

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