O crime ocorreu após Luiz Júnior denunciar abuso de poder econômico no evento do Quaquá, aumentando ainda mais a tensão no cenário político da cidade.
Na última terça-feira (18), a casa da mãe de Luiz Júnior, pré-candidato a vereador em Maricá pelo Partido Liberal (PL), foi arrombada no bairro Espraiado. O incidente ocorreu logo após Júnior denunciar o abuso de poder econômico por parte do deputado federal Washington Quaquá, também pré-candidato a prefeito da cidade pelo Partido dos Trabalhadores (PT), durante um evento de pré-candidatura.
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Além de revirar completamente a residência, os invasores deixaram um bilhete ameaçador, prometendo retornar e ameaçando de morte o pré-candidato conservador. Este evento é mais um capítulo na crescente tensão política em Maricá, cidade que já foi palco de outros crimes políticos de grande repercussão.
Maricá tem um histórico preocupante de violência política. Em 2019, a cidade foi abalada pelos assassinatos do jornalista investigativo Romário da Silva Barros e do vereador Ismael Breve de Martins e seu filho Thiago André Marins de Martins, todos opositores da administração municipal na época, sob o comando do prefeito Fabiano Horta, aliado de Quaquá.
Recentemente, em cidades governadas pelo PT no Ceará, um vereador e um pré-candidato, ambos do PL, foram assassinados. O vereador Erasmo Morais e o sargento Geilson Pereira Lima, pré-candidato a vereador, foram mortos a tiros em maio.
Luiz Júnior tem sido uma figura ativa na denúncia de irregularidades envolvendo a prefeitura de Maricá e os esquemas do vice-presidente do PT, Quaquá. Seus vídeos, amplamente compartilhados, destacam alegações de corrupção e abusos de poder, resultando em diversas ameaças contra ele. No entanto, Júnior declarou que não se deixará intimidar e continuará sua campanha por transparência e justiça na cidade.
"Não vou me calar, não vão me intimidar. Isso não é um ataque só a mim, é um ataque a nossa liberdade". Disse Luiz Júnior em vídeo na sua rede social.
Após o arrombamento e as ameaças, um boletim de ocorrência foi registrado, e Júnior agora aguarda o andamento das investigações. Seus apoiadores esperam que as autoridades tratem o caso com a urgência necessária para garantir a integridade do processo eleitoral em Maricá.
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