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Operação Asfixia prende 12 e expõe avanço do Comando Vermelho

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 2 de out.
  • 2 min de leitura
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em conjunto com o Ministério Público do Estado, deflagrou nesta quinta-feira (2) mais uma etapa da Operação Asfixia, com foco na contenção da expansão do Comando Vermelho (CV) para a Região Serrana, em especial Petrópolis. A ação resultou em intensos confrontos na comunidade do Parque União, no Complexo da Maré, e na prisão de 12 suspeitos, entre eles um policial militar e um assessor da Prefeitura de Petrópolis.


Prisões e alvos da investigação

Entre os detidos está Robson Esteves de Oliveira, que exercia o cargo de assessor especial da Prefeitura de Petrópolis. Segundo as apurações, ele teria atuado como informante da facção criminosa. Após a prisão, a administração municipal anunciou sua exoneração imediata. Outro investigado é o policial militar Bruno da Cruz Rosa, apontado como responsável por repassar informações sobre operações policiais em troca de benefícios financeiros.


No total, a Justiça expediu 18 mandados de prisão e determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 700 mil em bens ligados ao grupo criminoso. A investigação conduzida pela 106ª DP (Itaipava) revelou que Petrópolis vinha sendo utilizado como ponto estratégico para o tráfico na Região Serrana.


Estrutura da facção

De acordo com a Polícia Civil, o esquema era liderado por Wando da Silva Costa, conhecido como “Macumbinha”, e por seu aliado direto, Luis Felipe Alves de Azevedo. Ambos estão foragidos. A dupla comandava a logística do tráfico a partir do Complexo da Maré, coordenando o envio de drogas para Petrópolis. A força-tarefa identificou pelo menos 55 pessoas envolvidas nas atividades da facção.


Confronto e impactos

Parte dos mandados foi cumprida na Maré, onde as equipes foram recebidas a tiros. Blindados e helicópteros foram empregados no apoio às operações. O tiroteio afetou serviços públicos da região: 16 escolas municipais e duas estaduais interromperam as atividades, além de unidades de saúde que suspenderam atendimentos, incluindo uma clínica da família que precisou fechar as portas.


Posição das autoridades

A Prefeitura de Petrópolis divulgou nota informando que desconhecia as atividades ilícitas atribuídas ao assessor preso e reiterou que colaborará integralmente com as investigações. Já a Polícia Militar confirmou a prisão do PM investigado e destacou que ele responderá a processo administrativo disciplinar. A corporação reforçou ainda que não admite desvios de conduta entre seus integrantes e que atua com rigor na apuração de casos de corrupção ou envolvimento com o crime organizado.

 
 
 

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