A Gestão do PT e o Escândalo do Lixo - Quanto mais mexe, mais fede a corrupção na Prefeitura.
Reeleito com 88% dos votos, o prefeito Fabiano Horta, de Maricá, enfrenta agora uma séria ameaça à sua reputação política. Documentos exclusivos revelam a existência de uma organização criminosa, atualmente sob investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro, que opera um esquema de corrupção na gestão da coleta de lixo no município desde 2014, causando prejuízos estimados em pelo menos R$ 500 milhões, podendo chegar a R$ 700 milhões.
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O crime, que persiste há uma década, utiliza empresas laranjas ligadas ao empresário Fernando Trabach Gomes, envolvido em diversos casos criminais no Brasil. Trabach, com seu histórico questionável, conduz suas atividades por meio de empresas fictícias, mudando seus nomes quando descobertas pela justiça. Em 2013, o município assinou um contrato com a empresa Kat Rio Serviços Ambientais, cujo representante, Márcio Ferreira de Almeida, foi posteriormente preso por desvio de R$ 16 milhões em Resende-RJ, no âmbito da operação Mercado de Ilusões, ao lado de Trabach.
Após o escândalo, a empresa adotou o nome Kattak Serviços, mantendo o CNJP, mas com Jacks Traback, irmão de Fernando, assinando o contrato. Em 2020, diante da impossibilidade legal de renovar o contrato, a prefeitura realizou uma licitação direcionada para o mesmo grupo, agora utilizando o nome Líbano Serviços de Limpeza. Jacks Traback, mais uma vez, assinou o contrato, evidenciando a certeza da impunidade.
Para tentar mascarar a maior sangria do "propinoduto" de Maricá, a empresa laranja comandada por Fernando Trabach renovou o contrato desde 2020 com o nome Limppar Construção e Serviços, em desacordo com a Lei de Licitações. A renovação foi politicamente operada pelo secretário João Maurício, responsável pela distribuição de favores em festas na casa de políticos na cidade.
O contrato do lixo tem gerado discussões internas no Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro, liderado por João Maurício, também secretário responsável pelo contrato do lixo. Correligionários apontam que um escândalo iminente pode prejudicar diretamente a ascensão ao poder de Washington Quaquá, atual deputado federal e ex-prefeito de Maricá por oito anos.
Rumores dentro do Partido dos Trabalhadores sugerem que a manutenção do grupo de Fernando Trabach no contrato do lixo pode comprometer a retenção da prefeitura pelo PT na cidade. A renovação do contrato, nos bastidores, estaria vinculada ao apoio financeiro do grupo de Trabach para convencer o prefeito Fabiano Horta a excluir o deputado Quaquá da disputa local. A disputa interna no PT pode prejudicar seriamente os planos do partido em Maricá.
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