Apesar dos alertas feitos pelos moradores, tapume do cinema caiu na madrugada do dia 18/04 e revelou o estado de calamidade e abandono do patrimônio
O tapume do antigo Cine Icaraí, que há muito tempo deveria proteger e preservar a entrada do local, mais uma vez caiu, expondo o descaso evidente por parte da administração municipal de Niterói, liderada pela dupla Axel/Rodrigo. Desde 2006, quando o cinema fechou suas portas, a estrutura tem sido alvo de negligência, transformando-se em um cenário desolador, frequentado por moradores de rua e usuários de drogas.
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O desabamento do tapume, ocorrido durante a madrugada de quinta-feira (18), evidencia a falta de manutenção adequada por parte da prefeitura. Apesar dos alertas dos síndicos vizinhos há mais de duas semanas sobre a deterioração da fachada, as medidas tomadas foram apenas paliativas, como a interdição da calçada, deixando cadeirantes e mães com carrinhos sem opções seguras de locomoção.
Diante da gravidade da situação, os síndicos dos prédios próximos estão se organizando para pressionar a prefeitura a tomar providências efetivas. A conivência da Universidade Federal Fluminense (UFF), considerada uma instituição de referência na cidade, com a administração municipal tem sido alvo de críticas generalizadas, especialmente considerando-se a magnitude do problema.
O imbróglio envolvendo a UFF, a prefeitura e as transações imobiliárias em torno do Cine Icaraí é alarmante. O Tribunal de Contas do Estado já apontou indícios de superfaturamento nas propostas para a reforma do espaço, questionando a gestão dos recursos públicos envolvidos. Em meio a tudo isso, a população de Niterói segue desprovida de um espaço cultural significativo, enquanto recursos significativos são direcionados para projetos controversos e sem retorno visível.
Seria crucial para o desenvolvimento de Niterói que a UFF e a prefeitura estabelecessem parcerias mais eficazes, especialmente nas áreas de mobilidade urbana, educação, transporte e saúde. A destinação de recursos públicos para projetos como a restauração do Antônio Pedro, sob responsabilidade da universidade, deveria ser acompanhada de garantias de benefício tangível para a comunidade. No entanto, parece que o jogo político tem prevalecido, com interesses questionáveis ditando as prioridades administrativas.
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